terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Essa eu não sabia!

Assim como a maioria das pessoas, eu também pensava que o couvert em um restaurante significava uma cesta de pãezinhos quentes acompanhados de manteiga e afins. Pois é, parece que não é bem assim... Vejam o que disse Rogério Fasano em entrevista à Revista Veja:
"Veja: Mas um couvert no Fasano custa 27 reais e é só um pãozinho com manteiga. O que justifica esse preço?
Rogério Fasano: Isso é uma coisa que eu gostaria de esclarecer, porque ninguém no Brasil sabe o que é couvert. A palavra francesa vem do italiano coperto, que quer dizer, literalmente, 'cobertura'. É aquilo que o restaurante cobra para garantir a reposição do que ele considera importante oferecer ao cliente. No meu caso, o copo de cristal Riedel que custa 30 dólares e que cedo ou tarde vai se quebrar, a porcelana importada, a toalha de linho egípcio etc.
Veja: Mas isso já não está embutido nos preços do cardápio?
Rogério Fasano: Não, o que está no preço da comida é o custo da comida. Couvert é diferente. É o valor cobrado para que o restaurante mantenha sempre a categoria do material oferecido. E esse valor vai depender se os talheres são de prata de lei ou de inox, se o guardanapo mede 60 por 60 centímetros ou 20 por 20 centímetros. Couvert não tem nada a ver com pão de queijo, manteiga, parmesão... Por isso é um erro essa recomendação que certa crítica gastronômica instituiu no Brasil: a de não pedir couvert. É um absurdo. Na Itália, não existe 'não pedir couvert'. Se você não quiser comer grissini, não come, mas o coperto está lá e custa, sei lá, 10 euros. E vem só grissini, nem manteiga vem, porque italiano come três pratos e é contra empurrar antes para o cliente uma porção de coisas que só vão desvalorizar a comida a ser servida."

Moral da história: o couvert é como seguro de carro, a gente paga mesmo sem saber se um dia vai ter que usar, não é? Alguém aí já "dispensou" o couvert?!? (Hehehe...)

4 comentários:

  1. Ai Rê, achei meio furada a explicação dele, afinal, o copo de cristal quebrar ou a toalha de linho manchar, pra mim, deve ser considerado risco do negócio! Acho que todo tipo de gasto da casa com reposição deve ser planejado e coberto com o faturamento.
    Bom, mas sou leiga no assunto, é só uma opinião!
    Se o couvert é sem graça, dispenso sem medo de ser feliz e peço outra entrada!
    Bjs!

    ResponderExcluir
  2. Olha Rê, eu concordo com você, afinal, não é muito comum ver clientes quebrando copos e pratos e manchando toalhas. Acho até mais comum que isso aconteça durante a lavagem do material e aí não é justo que a gente pague por isso, não é?
    Obrigada pela sua opinião!
    Bjos.

    ResponderExcluir
  3. Não gostei da explicação dele rs e tb já dispensei o couvert. Essa semana em um rest do aeroporto de guarulhos hehehe

    ResponderExcluir
  4. Acho justo. Ele vai precisar repor aquilo um dia. Não seria delicado ficar de picuinha com o cliente tentando fazer ele pagar os cem reais da toalha que estragou. Então o jeito é cobrar o couvert.
    É o mesmo caso da gorjeta. Eu não deixo de dar gorjeta, porque a pessoa fez o serviço, me atendeu, e nunca fui maltratada num restaurante. Não dar gorjeta seria o mesmo que dizer que não valorizo o serviço. E não pagar o couvert seria o mesmo que dizer que não valorizo o lugar e que comeria na barraquinha de rua no pratinho descartável com guardanapo de papel. Eu não sabia disso, mas não recusava o couvert. Agora menos ainda. É justo pagar pelo que usufruímos.

    ResponderExcluir